Alckmin divulga medidas do governo para reduzir o custo dos alimentos
- Lara Andrade
- 7 de mar.
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O pacote inclui seis ações, entre elas a isenção de impostos federais sobre a cesta básica

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (6), que o governo reduzirá a alíquota de importação da carne para 0%, atualmente fixada em 10,8%. A iniciativa integra um pacote de seis medidas para reduzir o custo dos alimentos e a principal ação será zerar a tarifa de importação de alguns produtos que são base alimentar dos brasileiros.
Outros produtos também terão a alíquota de importação reduzida para 0%, incluindo café (atualmente em 9%), açúcar (14%), milho (7,2%), óleo de girassol (9%), azeite de oliva (9%), sardinha (32%), biscoitos (16,2%) e massas alimentícias (14,4%).
Nos últimos meses, alguns desses produtos registraram aumentos expressivos de preço devido à alta da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com o índice, no ano passado, o café teve uma alta de 39,4%, o óleo de soja subiu 29% e as carnes ficaram 20% mais caras.
"O governo está abrindo mão de imposto, deixando de arrecadar, para favorecer o consumidor”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin. As medidas foram autorizadas pelo presidente Lula após uma reunião com os ministros da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Indústria e Comércio, envolvendo a alta dos preços.
Alckmin afirmou que as medidas entrarão em vigor "dentro de poucos dias". O vice-presidente também assegurou que as ações não prejudicarão os produtores nacionais, mesmo com a concorrência de produtos importados a preços mais baixos.
“Vários desses produtos têm um nível de importação pequeno porque têm tributação sobre importação elevada. O objetivo é aumentar a competitividade e reduzir os preços internos. O impacto vai ser estimado a partir das notas técnicas que vão ser geradas. São medidas administrativas que, do ponto de vista da arrecadação, não têm impacto significativo, mas do consumidor, certamente, veremos um impacto importante”, disse Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.