Governo Federal lança nova fase do Minha Casa, Minha Vida voltada à classe média
- Lara Andrade
- 15 de abr.
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O governo federal anunciou uma nova etapa do programa, agora com foco na classe média

O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta terça-feira (15) a integração do programa Minha Casa, Minha Vida para classe média. A partir de maio, famílias com renda mensal de até R$ 12 mil poderão financiar imóveis de até R$ 500 mil, com juros reduzidos e prazos de pagamento de até 35 anos. O investimento total será de R$ 30 bilhões, divididos igualmente entre recursos do FGTS e instituições financeiras.
A nova Faixa 4 do programa prevê a contratação de 120 mil unidades habitacionais já em 2025. Os financiamentos terão taxa de juros de 10,5% ao ano, abaixo dos 11,49% do mercado o que pode representar uma economia de até R$ 27 mil em contratos de R$ 200 mil ao longo de 30 anos. O crédito poderá ser utilizado tanto para imóveis novos quanto usados, com cobertura de até 80% do valor para os usados e financiamento integral para imóveis na planta.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Renato Correia, avaliou a medida como um avanço na política habitacional do país, ao incluir uma faixa de renda que antes não era contemplada. Segundo ele, o uso de recursos do FGTS e do pré-sal pode impulsionar uma “nova revolução na habitação brasileira”. A Caixa Econômica Federal terá até 20 dias, após a publicação no Diário Oficial, para operacionalizar a nova faixa.
Além da Faixa 4, o governo também atualizou os limites das demais faixas do programa, ampliando a base de famílias elegíveis. Desde 2023, o Minha Casa, Minha Vida já contratou 1,4 milhão de moradias, com a meta de atingir 2,5 milhões até o fim de 2026. Em 2024, o programa respondeu por mais da metade dos lançamentos imobiliários no país, contribuindo para o crescimento de 5,1% no PIB da construção civil.