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Governo de SP inicia remoção de famílias da Favela do Moinho para construção de parque

O processo de cessão da área ainda depende de ajustes, detalhamento do projeto e cumprimento das garantias de moradia para as pessoas afetadas





Paulo Pinto/Agência Brasil
Paulo Pinto/Agência Brasil

O governo de São Paulo começou na terça-feira (22) a remoção de moradores da Favela do Moinho, localizada na região central da capital, nos Campos Elíseos. A área, de propriedade da União e em processo de cessão para o Estado, será usada no projeto do futuro Parque do Moinho, conforme plano do governador Tarcísio de Freitas. A medida conta com acompanhamento do governo federal.


A desocupação, classificada pelo governo paulista como “mudança programada”, prevê a realocação das famílias para empreendimentos habitacionais da CDHU. Segundo a Secretaria de Patrimônio da União (SPU), mais de 800 famílias vivem na área. O governo federal afirma apoiar a transferência desde que respeite a vontade das famílias e ocorra sem uso de força policial. A cessão da área ainda depende de ajustes e da garantia de moradia para todos os afetados.


De acordo com o governo estadual, 87% das famílias iniciaram o processo de adesão aos novos programas habitacionais, com 719 já em fase de habilitação. Para os que ainda aguardam suas unidades, foram oferecidos auxílio mudança de R$ 2.400 e auxílio moradia de até R$ 800 mensais. A gestão estadual também argumenta que a ação tem caráter de segurança, citando a presença de integrantes do PCC na comunidade.


A remoção, no entanto, tem sido alvo de protestos por parte dos moradores, que alegam estar sendo retirados à força e sem apoio suficiente para enfrentar as dificuldades financeiras. A tensão no local levanta questionamentos sobre a condução do processo e os impactos sociais da desocupação.

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