Papa Francisco está com infecção polimicrobiana, e Vaticano alerta para 'quadro clínico complexo'
- Lucas Tadeu
- 17 de fev.
- 2 min de leitura
Sumo Pontífice da Igreja Católica foi internado em Roma, devido a um ataque contínuo de bronquite na última sexta-feira

O novo boletim médico divulgado pelo Vaticano nesta segunda-feira (17)
aponta que o Papa Francisco teve um quadro de infecção polimicrobiana das vias respiratórias. A enfermidade classifica a situação do Pontífice argentino como "um quadro clínico complexo". Francisco foi internado no Hospital Agostino Gemelli, em Roma, devido a um ataque contínuo de bronquite, na semana passada.
"Os resultados dos exames realizados nos últimos dias e hoje mostram uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias, o que determinou uma nova alteração no tratamento. Todos os exames realizados até o momento indicam um quadro clínico complexo, que exigirá uma internação hospitalar adequada", diz o boletim divulgado pela Vatican News.
No domingo, o perfil do Papa na rede social X publicou a seguinte mensagem: "Obrigado pelo carinho, pela oração e pela proximidade com que vocês estão me acompanhando nestes dias"
Francisco, de 88 anos, que está com bronquite desde a semana passada, precisou abrir mão de ler seu discurso durante sua audiência geral semanal no meio da semana.
O líder da Igreja Católica se desloca desde 2022 em cadeira de rodas, devido a dores persistentes em um dos joelhos e precisa se apoiar em uma bengala nas poucas ocasiões em que fica de pé. Recentemente, passou a usar um aparelho auditivo.
O que é a infecção polimicrobiana?
A infecção polimicrobiana é uma doença causada por uma combinação de vírus, bactérias, fungos e parasitas. Segundo artigo publicado na revista científica The Lancet, nesse tipo de infecção, a presença de um microrganismo gera um nicho para a infestação de outros microrganismos.
De acordo com a publicação, a presença de um patógeno pode predispor o hospedeiro (paciente) à colonização ou infecção por um segundo organismo, muitas vezes consecutivamente. Por exemplo, vírus do trato respiratório (como a influenza, vírus da gripe, ou rinovírus, do resfriado) destroem o epitélio respiratório, aumentando a adesão das bactérias na região. Esse cenário induz a queda de imunidade e favorece superinfecções bacterianas.